12.7.10

Rapsódia (reeditado)

Desliguei o telefone, acendi um cigarro e... Uma sinfonia de Lully! Sim, se não me engano era a quare fremuerunt. Perfeita para uma noite de sexta-feira chuvosa. Gosto de pensar na idéia dos raios impetuosos do rei sol cravando suas lanças de ouro no seio da terra de meu quintal. Só no meu, que se dane os dos outros! Ao fundo, num suspiro, vejo a Avenida Paulista e seus carros buzinantes. That’s better. Quanto a meu vizinho, afirmo que cometeu um grande erro: ceifou os galhos floridos de seu castanheiro. Lá ficavam eles escondidos, esquecidos, porém jamais abandonados pela natureza; invadiam meu quintal, erguiam-se impávidos nas tardes de inverno estampando no céu um mapa de veias e artérias contorcidas; mostrando sua glória nos dias de sol com suas flores coloridas que tão lindamente contrastavam com o céu cinza destas aprazíveis manhãs nubladas. Com aqueles galhos tudo era mais aprazível. Vez ou outra se juntavam borboletas das mais variadas cores a dar piruetas ao compasso de minuetos delicados, inocentes, solapando o folhame; vinham também os pequenos beija-flores a colher o néctar que as flores deliberadamente cediam em seus cálices exóticos. Isso sem dizer das aprazíveis noites de verão que, por causa do aroma das flores, eram quase shakespearianas, apesar de minha solidão. Quem tem flores como aquelas não precisa de companhia mesmo.

Alguém batia a porta; como de costume, não atendi. Não sou dessas pessoas que atendem telefonemas, que abrem portas, gosto mesmo que meu mundo seja inescrutável, lacrado hermeticamente. Temo que descubram o óbvio: o quão errante sou. Dizem que ser assim confere a mim certa aura enigmática, isso seria até legal se não me tornasse tão desconfiável. É isso: nunca confie em quem não atende telefones ou em quem faz caretas esdrúxulas quando se vê obrigado a tanto. Sinto fome, já é tarde. Comer... Por que comer? Já me enjoei de fazer isso todos os dias. O que me incomoda na condição humana é justamente essa necessidade constante, estes hábitos imutáveis, instintivos. Queria ser um ser cósmico, amorfo, sem consciência, sem moral, algo que não precisasse se alimentar, se reproduzir, se organizar politicamente, trabalhar, escrever. Enfim, sem objetivos e necessidades. Se analisarmos, Alice é que está certa. Está na estrada agora, deve estar passando por, sei lá... Jundiaí? Livre e ávida vislumbra a estrada como um espelho profundo e negro a refletir as sangrentas luzes automotivas em zigue-zague, como mil pirilampos e fadinhas representando uma cena de "Sonhos de uma noite de Verão". Penso que a melhor forma para se morrer deve ser num acidente automotivo, de preferência a duzentos quilômetros por hora. Rápido e indolor. Mas há quem prefira a morte através de acidente aéreo, pois, nesse planetinha medíocre, onde aviões ainda podem ser confundidos com míticos seres celestes, quem morre em acidente aéreo ganha uma estranha coroa de nobreza, como se fosse um Ícaro pelo simples motivo de morrer no céu e, em alguns casos, carbonizado, ou então é considerado quase mártir da malvada evolução, do capitalismo.  

Quem é que bate à porta de alguém a esta horas da noite? Pedintes, ladrões? Eu sei que não ando com boa memória, minha mãe dirá que isso se dá devido ao excesso de uso do computador, já meu pai colocaria a culpa em Kierkegaard, mas me lembro perfeitamente do dia em que Alessandra, trajando uma bermuda minúscula, entrou em casa pedindo um copo d’água. Sabe, é necessário focalizar seu pensamento em algo sólido para não esquecer o momento... Alguém já disse isso anteriormente, não? Uhmm, sim. Virginia Woolf, em... The Mark on the Wall, mas não importa, a idéia se recicla através de minha boca. Essa é a praga da literatura moderna. Tudo que tinha que ser dito, já foi. Ora, até essa constatação é obsoleta. Imagino que os escritores do futuro escreverão algo mais ou menos assim: “Res uo oãn res? Sie a oãtseuq. Oriferp so sorrohcac” (Ser ou não ser? Eis a questão. Prefiro os cachorros). Será o refluxo de consciência. E eu devo-lhes dizer que aquilo... A bermuda de Alessandra! Ou melhor, as rombudas pernas que o preenchia, eram sólidas, e como. Ative-me a elas. E eu que pensava ser assexuado. É. Vi no catálogo gastronômico da cidade uma pizzaria que vendia pizza de mussarela de búfala com tomate seco. Penso eu que não há nada mais sem graça no mundo do que ser um tomate seco, seu sabor é furtivo, acessório. Já o que me incomoda com relação a mussarela é que os dedos ficam gordurosos. Lembro-me que sujei as páginas de Ullysses. 

O que haverão de pensar então aqueles senhores que, no ano da graça de 2450, contemplarão atônitos este meu insolente relato? Assentados sobre os restolhos da modernidade e ardendo abaixo de um céu aberto certamente comentarão entre si: “aquilo sim era vida! Ha, posso imaginar o quão divino era ouvir a sinfonia infernal dos carros numa manhã paulistana” – Notem o termo “sinfonia”. Sinta a alma poética que os anacrônicos do futuro haverão de empregar a nossos dias. O passado, com sua carga natural de melancolia, sempre tingido em preto e branco ou, no máximo, em sépia, nos faz crer que a vida era mais aconchegante, mais bonitinha, porém, mais inglória. 

Não mais suportando as pancadas continuas e já irascíveis em minha porta (a pele de madeira que nos separa do mundo), decidi abrir, mas primeiro olhei pelo vão, por onde o vento secava minha retina. Ora, vejam só: era apenas o entregador de pizzas!



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Atibaia,
Outono de 2007
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Para ouvir durante ou depois da leitura, Carles Cases:


41 comentários:

Luciana disse...

Estou sempre por aqui, creia em mim... bebendo de uma fonte que jorra genialidade e refinamento... sou mesmo privilegiada, e sempre saio daqui enriquecida...
Por favor, continue dando à blogsfera o seu toque de classe. Um abraço,
Luciana

Anônimo disse...

Algumas portas precisam ser abertas, e alguns passados relembrados.

Excelente texto!

Anthus da Geb disse...

Você não escreve...você pinta com palavras (melhor não ficaria se fosse numa tela com tinta).

Luna Steinherz disse...

Fantástico, maravilhoso, divino. Um dos melhores textos que já li na blogsfera, que aliás, não tem tido muitos textos bons recentemente... Já os seus, se não ficarem mereceriam ficar para o ano 2450.

Diana Gonçalves disse...

Quanta coisa pode acontecer na pena (isto já é antigo) de um escritor, entre o pedido, o preparo e a entrega de uma pizza. É. Terminou em pizza, só que neste caso, a leitura valeu e muito. Otávio, seu estilo é inconfundível. Bjos.

Jorge Luiz disse...

Em meio às divagações arredias, lembranças do Mago de Strattford-On-Avon e às lembranças do shortinho de Alessandra (faço idéia!!!), as previsões caligráficas dos futuros escritores remetendo-os à técnica quinhentista de Leonardo da Vinci - mestre em escrever de trás p/ frente - mostram, neste excelente texto, que tudo volta nesta vida, que "o Homem é um animal sem originalidade", como diria Dame Agatha Christie. Muito bom, um abraço do Jorge Luiz

Adriana Espineli Simon da Fonseca - Psicanalista disse...

Olá! Sabe aquela vontade, e porque não dizer necessidade, de ler algo bom antes de dormir para que se possa encontrar Morpheus com a alma mais iluminada? Pois é. Lembrei-me de vc e de seus belos textos. E mais uma vez valeu a pena. Agora posso ter bons sonhos. Bjoks.

Adriana Espineli Simon da Fonseca - Psicanalista disse...

Voltei pra dizer que achei a música belíssima. Vou querer ouvir várias outras vezes. Aproveito tb para falar que seu mau humor me diverte! Outros bjos.
Obs: Quase sempre deixo meu telefone na secretária eletrônica! Rs.

Nathanaela disse...

"Não sou dessas pessoas que atendem telefonemas, que abrem as portas, gosto mesmo que meu mundo seja inescrutável, lacrado hermeticamente." Amei essa frase. Cara, você é ótimo eain?
Eu, sinceramente confesso que pra fazer acontecer essa rapsódia esse texto tem que está nas mãos de um ótimo músico, arranjadoor e etc... Ao som de qual instrumento? Pensa em um e me diz. +} beijooo, mtu ótimo vc!

Anônimo disse...

realmente tu és um contista de qualidade. Também gosto de escrever contos, mas ultimamente ando sentindo uma dor tão forte, na alma e no físico, que só me resta escrever poesia em prosa, poemas, cartas e quejandos. Não sei, o mundo já não mais o mesmo. Ou então minha consciência se obnubilou pelos anos de amargura diante do tédio que a sociedade moderna proporciona. De todo modo, já fui feliz uma vez, em criança. Ei, vou revirar as páginas do teu blog, aguarda! Abraços do Rog...ops!, digo, JÚLIO.

Ricardo disse...

Belíssimo texto Otávio. Há uma intensidade naquele que escreves, uma expressão que transcende e mostra da vida um lado mais intenso, mais claro...

Carol Morais disse...

Otto, que blog tudo! Adorei. Quanto engenho com as palavras, meu querido!
Já estou te seguindo. Eu, que adoro ler, adoro ler coisa boa. Você agora é alvo de minhas leituras!
Um beijo

Gaby Lirie disse...

Obrigada pela visita maravilhosa!

Seu blog é lindo, tão bom aqui, gostei demais *.*

Texto belíssimo!

Grande Beijo.

Andrea de Godoy Neto disse...

Otto, excelente esse texto! Prendeu-me do início ao fim...até estava já me incomondando com as batidas na porta..rs

muito bom mesmo!

beijo pra ti

Ana K disse...

otávio!! será q vc adivinha o q achei de seu texto? quer q eu destaque alguns trechos? nem preciso, né? abraços!

Raffert disse...

Confesso que Otto é excelente de se ler. Provavelmente penoso a quem não quer ler o escritor, só passar os olhos. Confesso também, que são ricas suas imagens que a primeira leitura passam despercebidas, como o homem moderno morrendo como Ícaro (algum dia escreva algo com o título Icaro in the sky). Ou ainda a ironia entre a cibernética e o misto de pastor-filósofo dinamarques que afinal está sendo vencido pelo alemão, cuja irmã era uma estelionatária. Estes conflitos entre virtudes e pecados são o sine quae non em todos os seus textos e aí estão as jóias escondidas de seu estilo. O humor no final é interessante. Parece que o Pizza Delivery já está no nosso folclore techno-pop. Grande abraço

Elias Borges disse...

Maravilha...um diálogo com a pós-modernidade, com todos os seus vícios, enclausurado como todos estamos, mas não sem atinar para as possibilidades de fora. Abraço.

Tatiana Brioschi disse...

Achei seus textos com muitas citações, são interessantes, muito eruditos, lembrei-me de Jane Austen e coisas européias. São muito descritivos, detalhistas, psicológicos. Fiquei confusa porém com a linha narrativa. Abraços

P. Lopes disse...

Criativo, boa escrita, parabéns!!!

Victória Magna disse...

È muito interessante esse texto, bem sintonizado no tema, que faz com que a gente o siga com interesse para ver o desfecho na hora de abrir a porta... Muito bom ! Valeu!

Ana Lucia Franco disse...

Gosto de textos que me dizem algo, ao mesmo tempo que me prendem. E também por me sentir errante, posso dizer que amei a tua sinfonia de palavras.

bjs.

Anônimo disse...

Otto,

Ao menos esta porta você deixa sempre aberta, moço. Que bom!
[Esta epiderme é mais impermeável, não é?!]

Grata pelo comentário de boca cheia! [e pelos detalhes na ponta da "língua" que nos faz ponte...]

...

No seu conto, reminiscências, refluxos e restolhos soam como enxertos de autenticidade e irreverência, desmanchando até o semblante sério das intertextualidades.

Um espaço de elevada qualidade.

"Carimbado" [sem rótulo, claro!]

Abraços.
.
.
.
Katyuscia

Ramiro R. Batista disse...

Crítica austera! Texto enciclopédico. Algumas palavras poderiam conter links com a Wikipédia. Esqueçam a Brittannica! Mas sujar as páginas de Ulisses com gordura de mussarela, isso foi demais! Seu estilo mudou, Mr. Otto, desde 2007 para cá e mudou para muito melhor. Parabéns! É sempre bom ler algo que nos enriquece. Abraço. Ramiro

Anônimo disse...

Uma rapsódia recheada de belas referências e imagens, crônica de uma fome a ser satisfeita. Ainda bem que entregam pizzas em Atibaia. Abraço. Jacques Levin.

Anônimo disse...

Olá Otávio Adorei o "Rapsódia"; do começo à pizza! Recheio de pura fantasia! Parabéns Beijos Cissa de Oliveira

Julio disse...

realmente tu és um contista de qualidade.

Aluísio Martins disse...

"a pele de madeira que nos separa do mundo". FANTÁSTICO. Agora, um sítio a se colher melhores frutos. Abs

Anônimo disse...

Foi uma bela rapsódia. Realmente é o relato de um ser informe. As imagens foram bem arquitetadas para demonstrar tom desprezível da personagem.

Abraços
Antônio Alves

Berla disse...

t achei na comu da woolf. me achei tb, am algumas d suas linhas..mas, é sempre assim, nao é msm? releitura, da releitura, da releitura...e a gnt achando q é novidade!
abraço!

Jonathan disse...

Verborrágico.
Itálicos demais, como se o texto não conseguisse manter-se de pé por si mesmo em alguns pontos.

otto M disse...

Ana Valéria Sessa em 2007:

Otávio, muito interessante sua Rapsódia ! mas antes, fui ler um pouco do filósofo citado, que confesso, nunca li. Em essência, adorei ele ser contra toda teoria, seja filosófica, psicanálitica ou mesmo religiosa como uma grande panacéia. Acho que já nasci pensando assim ! que exagero, né !? Gostei da idéia, na época, de questionar o paradigma de Hegel, tão absoluto...a velha dialética - tese, antítese e síntese, embora Hegel, tenha coisas ótimas quando se estuda literatura. Esses paradigmas são mesmo um terror. Se saímos do Hegel, caímos em Marx sendo assim, sou mesmo um pouco rimbaudiana...tudo pela vida ! Quando estudava pra caramba literatura, um dia, meu analista disse: Você já pensou que um Edgar Alan Poe trocaria toda a sua obra por uma vida mais feliz ?! meu analista sabia das coisas..rs ! sendo assim, faz tempo que cultivo de tudo no meu jardim. Circulo pela filosofia oriental e ocidental, pela psicanálise que acho, livrou o homem de muitas dores, leio sobre todas as religiões e vou assim cuidando do meu jardim, que tem flores várias: algumas raras, um tanto quanto exóticas, outras simples, que dão em qualquer lugar (bem sem vergonhas) tem os espinhos também mas, mas faz parte ! Jamais podaria uma árvore tão frondosa, que sacanagem, esse seu vizinho ! Preciso ler mais esse filósofo mas, me parece que ele também ficou preso nessa busca desmedida e absoluta de espiritualidade. Adorei a idéia de imaginar Alice passando por Jundiaí, essa sim, é livre ! beijo, Val

otto M disse...

Elienai Araújo em 2007:

Grande Otávio, em primeiro lugar parabéns pelo novo layout. Está bem agradável de se ler e curtir as pérolas que há por aqui.
Quanto ao texto propriamente dito, meus parabéns. Está tudo nos conformes: adequação do ritmo à paisagem interior da personagem e sobretudo a natureza, digamos, daquilo que se passa pela mente do seu ser fictício.
Na minha humilde opinião, a última reflexão da personagem, mais precisamente a partir de "O passado, com sua carga (...)" até "(...)diga o contário" foi de uma extrema sutileza e com um ar machadiano e checkoviano de se tirar o chapéu.
O desfecho também me agradou sobremaneira!
Obviamente estarei aqui outras vezes, caro amigo.
Continue assim.
E viva a escrita!

otto M disse...

Rejane Borges, em 2007:

Seu texto me remete à narrativa de J.D.Salinger, onde cada idéia, visão, som e movimento tem uma conexão "nonsense", mas que atribui perfeita continuidade ao relato. Sua narrativa nos oferece um quadro surreal dos caminhos que sua mente percorre até chegar às conclusões pessoais. A música foi brilhantemente escolhida, sugere um tom cômico junto aos questionamentos. O trivial, em seu texto, torna-se tão mais interessante. Seria bom se o trivial de minha vida fosse interessante como em suas palavras. Gênio!

otto M disse...

Larissa Marques, em 2007:

Sei que não precisa de meu comentário, mas aí vai. Surpreendeu-me o conto, primeiro pela intensidade que deu às sensações do personagem, depois de alguém bater a sua porta. Um acontecimento tão comum e corriqueiro. O personagem deixar subir todos os sentimentos abrandados pela calmaria aparente e se desesperar com as batidas, que pareciam aumentar, quase que pude sentir o respirar e o bater do coração do personagem apavorado.
Para terminar com o entregador de pizza. Mas aqui no Brasil a maioria das coisas acaba assim (em pizza). Diferente de todos os outros contos que já li, foge a linha, mas surpreendeu.
O que me resta é rir, riso amerelo, mas rir. Fica bem.

otto M disse...

Hannah Herman, em 2007:

Você consegue conduzir uma narrativa introjetiva de forma harmônica apesar da "dissonância" das idéias. Sua narrativa é como um fio invisível que percorre todo o texto e, no fim, o amarra. É assim que funciona nossa mente e é desse fluxo violento que surgem as idéias mais brilhantes. Aliás, estou certa de que a idéia de construir este conto veio misturada no seu "innerimbróglio". A metalinguagem caiu como uma luva e a sugestão do "refluxo de consciência" foi "a sacada"!

Cilas Medi disse...

Uma, diria, luxuriante vontade de escrever e um simpático e espaçoso, contínuo e emérito formato. Bem, dizer e sonhar ao mesmo tempo. Foi isso desde o início? Parabéns, poeta!

Cris de Souza disse...

Evoé, que descoberta !

És muito engenhoso, seduz o leitor do ínicio ao fim.

Clima bem atrante, retornarei.

Katrina disse...

Otto, você é um gênio. Mas ri do final, não tinha como.

Moro do lado de atibaia, aliás ;*

Úrsula Avner disse...

Olá meu caro autor,

Gosto muito de contos, sobretudo quando bem escritos como o seu... Escrita cuidada, com um toque preciso de humor... Obrigada pelo carinho de sua visita e gentileza em seguir-me. Até mais ver. Um abraço,

Úrsula

Priscila Lopes disse...

Teu texto é muito bom. Escreve bem, amarra bem. O final, o final nem precisaria recorrer ao "cômico"; o texto dá abertura para diversos desfechos, inclusive sutis, como a porta se abrindo, ou ele parado do lado de dentro, ainda pensando o que haverá do outro lado da porta; depende da mensagem que se pretende passar. Nesse caso, claro, entendi a sua. Estou apenas, literalmente, fazendo um comentário. Um abraço!

Araúja Kodomo disse...

Obrigada!

Magnífico texto :)

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